sábado, 27 de agosto de 2011

Os fundadores de Lages, a tradição, a família, a cultura e a propriedade

Fotografia realizada em 1968 no final de um curso de treinamento efetivado pelo 5º Nuri de Angicos através da Secretaria de Estado, Educação e Cultura, no sentido de aprimorar os conhecimentos dos professores do Grupo Escolar Pedro II e da professora dirigente da Escola Isolada de Lages. A professora Marta Bezerra de Medeiros participou deste treinamento junto com seu filho, Luiz Gonzaga Medeiros Bezerra, que já ajudava na sala de aula. Nesta fotografia, ao centro temos a supervisora Maria das Dores Câmara, chamada carinhosamente por mamãe de Mariquinha, a mesma era amiga pessoal de Marta e Luiz. No lado direito está a chefe geral do Nuri, a toda poderosa Vilma da Fonseca Tinoco, muito influente no governo do Estado, na sua direção a escola Isolada de Lages recebeu uma belíssima biblioteca e o Grupo Escolar Pedro II também foi premiado com uma biblioteca inesquecível, com bons livros com autores como Caio Prado Júnior, Gilberto Freire e Aurélio Buarque de Holanda




Alzira Teixeira de Vasconcelos passou a ser chamada Alzira Teixeira de Vasconcelos Soriano após o casamento com Dr. Soriano Filho, natural da cidade de Jardim de Angicos, foi a primeira mulher a exercer o cargo de prefeita na cidade de Lages, sendo portanto a primeira prefeita do Brasil e da América Latina.
Alzira Teixeira de Vasconcelos pertencia às famílias tradicionais, isto é, à elite de Jardim de Angicos, que teve influência na fundação da cidade de Lages. Alzira Soriano era amiga íntima da mãe adotiva da professora Marta Bezerra de Medeiros (Marta Bezerra da Cunha) e amiga e contemporânea das irmãs adotivas de Marta: Ericina Bandeira Fernandes, Luiza Bandeira do Nascimento e Luiza Amélia Bandeira do Nascimento, filhas de Maria Rosa Bandeira de Melo e de Manoel Lourenço do Nascimento, que residiam na cidade de Jardim, e que após a decadência da cidade vieram morar em Lages. Alzira Teixeira de Vasconcelos era concunhada de Maria Carmelita de Sá-Leitão Cabral, e irmã de Eliza Teixeira de Vasconcelos Cabral, mãe da professora Margarida Teixeira Cabral Morgantini, ex diretora e professora da Escola Doméstica de Natal.

 Carolina Augusta da Silva Massa, grande intelectual, influente funcionária pública da rede ferroviária. Conheceu Marta Bezerra da Cunha através de suas primas adotivas de Jardim de Angicos,a professora Joana Eliza da Silva e a procuradora Amélia Adélia da Silva. Carolina Augusta teve uma influência direta na nomeação da professora Marta Bezerra da Cunha para o cargo de professor substituto na Escola Isolada de Pedra Preta, em 1945,e também para nomeação da professora Marta como dirigente da Escola Isolada de Lages, ainda na década de 1940. Através de Carolina Augusta que era diplomada pela Escola Normal e diplomada pela Escola Comercial de Natal, a professora Marta passou a estudar francês, português e a fazer cursos de capacitação na Secretaria de Educação e a ter contato com a elite de professores do Departamento de Educação do Estado, como os professores Franscisco Rodrigues Alves, que era marxista, fundador da faculdade de filosofia e posteriormente professor assistente do Departamento de Letras da UFRN, amigo pessoal de Marta e grande incentivador.
 Casamento da filha de Franscisco Leandro (Carminha), político da cidade de Lages e amigo pessoal dos pais adotivos e dos pais legítimos de Marta Bezerra da Cunha. A primeira esposa de Francisco Leandro, chamada carinhosamente pela professora Marta de madrinha Nenê teve grande participação na formação educacional de Marta.
      Retrato de casamento de Marta Alecrim, filha adotiva de Francisco Alecrim da Costa. Marta é irmã de Maria Consuelo da Costa Alecrim, segunda esposa de Francisco da Costa Alecrim.
      O pai adotivo de Marta Alecrim, o senhor Francisco da Costa Alecrim, foi um político influente na cidade de Lages e Pedra Preta, era comerciante e também proprietário de terras e de diversas casas de aluguéis, tanto em Lages como na cidade de Natal. O mesmo era padrinho de um dos irmãos da professora Marta Bezerra da Cunha, isto é, Deusdetti Cunha, amigo do pai legitimo de Marta Bezerra da Cunha e amigo pessoal da supracitada professora e padrinho de seu filho Luiz Gonzaga Medeiros Bezerra. Marta Alecrim foi aluna da professora Marta Bezerra de Medeiros.
Este garoto de 18 anos foi aluno da professora Marta Bezerra da Cunha na escola da fazenda São Pedro, pertencente ao senhor João Câmara. Este aluno, de nome Luiz Medeiros Bezerra, tornou-se o esposo de sua professora em 19/09/1952,sendo mais novo do que a professora 18 anos (averiguamos assim os laços edipianos nas relações entre alunos e mestres, sem deixar de mencionar as teses de Rousseau no seu livro "Emílio, ou da Educação").
Professora Maria Plácida Fragoso Martins, natural de Açú, formada pela escola normal, fundadora do Ginásio Normal Regional de Lages, era esposa de João Militão Martins, que foi prefeito de Lages. Dona Maria Plácida, de personalidade forte, teve influência decisiva na construção do Ginásio Normal de Lages, que funcionava no período noturno, no edifício do Grupo Escolar Pedro II.

Fotografia da cidade de Lages na inauguração da Rede Ferroviária federal em 1925. Nesta fotografia estão as personalidades mais importantes de Lages e de Jardim de Angicos, isto é, os grandes proprietários de terra que formavam a elite do poder político e econômico de uma das cidades mais impostantes da região central do Rio Grande do Norte, que tinha como distritos e vilas Caiçara do Rio dos Ventos, Pedra Preta e Jardim de Angicos, rebaixada ao status de vila (esta fotografia foi cedida pela consulesa da Itália, a senhora professora Maria Margarida Teixeira de Vasconcelos Cabral Morgantini).
Esta é uma das fotografias mais antigas de Lages, em sua fundação, em 1924, com os representantes da elite da terra: a família Teixeira de Vasconcelos, a família Cabral, a família Oliveira Cabral, a família Soriano, a família Leandro da Costa, a família Teixeira (de Lages), a família Bezerra da Cunha, a família Bandeira de Melo, a família Guilherme (de Jardim), a família Albuquerque ( de Lages), as famílias Procópio de Moura.
Fotografia do casal Manoel Januário Cabral e Maria Carmelita de Sá Leitão Cabral, amigos pessoais da professora Marta Bezerra de Medeiros; pode-se dizer que a senhora Maria Carmelita de Sá Leitão Cabral, primeira dama da cidade de Lages, pois seu marido foi o primeiro prefeito, foi a criatura mais nobre e aristocrática da cidade de Lages. era uma mulher de gosto refinado, conhecedora de literatura, poesia e prosa, vinda da cidade de Açú, pertencente à mais nobre linhagem desta cidade. A senhora Carmelita Cabral foi diretora e fundadora do Hospital Maternidade Aluízio Alves, diretora , por muito anos, da Legião Brasileira de Assistência da cidade de Lages, foi amiga pessoal de Alzira Soriano.
     Maria Carmelita foi tão amiga da professora Marta Bezerra de Medeiros que doou um terreno na Rua Manoel Câmara, nº 64, Lages, em 1965, para que a referida professora construísse a sede da Escola Isolada de Lages junto com a Escola de Datilografia e a residência da supracitada professora. Dona Carmelita, junto com Marta, Creuza Marques, Maria Paiva, Maria Correia, Geralda Bezerra foram responsáveis pelos grupos de teatro na cidade de Lages,quando fizeram vário dramas na boca de cena (palco) da União Cacheiral de Lages. Dona Carmelita Cabral foi precursora da sistematização do serviço de enfermagem de Lages e da assistência social, na verdade, possuiu por muito tempo poder político, econômico e pessoal, junto com o marido, Manoel Januário Cabral, foram proprietários da fazenda Ponta da Serra, de uma mercearia, e da mais bela casa senhorial de Lages, decorada com finos móveis, louças e cristais refinados. Sua casa era o centro da política local por vários anos e também lugar onde se discutia política, cultura e sabedoria. Dona Carmelita teve como filhos adotivos Maria das Dores Cabral (uma das diretoras da Escola Normal Regional de Lages e professora na cidade do Natal), Irecema Bilro, Neide Moura do Vale e Márcia Betânia da Silva (Marcinha), e teve como sobrinha a ilustre professora Margarida Cabral.








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